Sobre Gordofobia


A gordofobia consiste na estigmatização, desvalorização e hostilização das pessoas gordas e é disseminada nos mais variados meios socioculturais. Sendo uma opressão ESTRUTURAL, gordofobia envolve questões como acessibilidade, mobilidade, patologização, negligência médica e falta de representatividade.

Por se tratar de um ativismo ainda iniciante, as pautas mais recorrentes lembradas pelas pessoas que lutam contra a gordofobia são:

  • a representatividade (a falta dela na mídia hegemônica);
  • as poucas opções de roupas para gordas que não são supridas nem com o crescimento da moda plus size;
  • o preterimento sexual/afetivo causado devido ao padrão de beleza que molda os gostos das pessoas na nossa sociedade;
  • a hostilização/ódio que as pessoas gordas sofrem devido aos valores errôneos impregnados na nossa sociedade.
Porém, por se tratar de uma opressão estrutural gordofobia vai muito além destas questões, sendo estas mais severas em gordas maiores (quanto mais gorda, maior a opressão). Estas questões estruturais DEVEM ser priorizadas no movimento contra a gordofobia para que as mulheres que são mais atingidas por essa opressão sejam incluídas e suas pautas atendidas.

  • Acessibilidade e mobilidade: Qualquer impedimento que as pessoas gordas encontrem ao se locomoverem e ao ocuparem locais públicos é uma forma de privá-las de seus direitos fundamentais. Esses impedimentos acontecem devido a dificuldades em caber nesses lugares, como em bancos de transportes públicos, catracas, cadeiras/assentos, banheiros públicos, entre outros. Leia mais sobre acessibilidade aqui.

  • Mercado de trabalho: Empresas que não querem suas imagens ligadas a pessoas gordas ou que acreditam que pessoas gordas tenham um baixo desempenho em relação as pessoas magras é reflexo de uma sociedade gordofóbica que estigmatiza e exclui pessoas ignorando suas singularidades e capacidades.
  • Negligência médica: Um reflexo direto da patologização da pessoa gorda onde somos consideradas doentes apenas por sermos gordas. Há estudos que comprovam que não se pode considerar uma pessoa doente apenas por ela ser gorda sem considerar seus hábitos de vida, seus fatores genéticos, entre outros aspectos (estudos estes que serão abordados com maior profundidade em posts aqui no blog). Mesmo com essas comprovações os médicos continuam tratando pessoas gordas como doentes muitas vezes sem ao menos examiná-las. Aqui e aqui você encontra exemplos de negligência médica com pessoas gordas.
  • Patologização: Eis a principal causa da maioria das questões gordofóbicas: achar que todo gordo é doente. Doente, descuidado e relaxado com a própria saúde, é isso que consideram de toda pessoa gorda. Além de sermos considerados doentes, ainda acreditam que temos uma doença "evitável", ou seja, que somos doentes e somos doentes porque queremos e por isso não merecemos respeito e nem garantia de direitos. Porém, há alguma doença que só gordos possuam? É claro que não, não há doença exclusiva da pessoa gorda, o que há são industrias inteiras lucrando com essa falácia. No blog, trarei estudos e textos mais aprofundados sobre a patologização, já que essa é uma questão fundamental pra entender a gordofobia. Você também pode ler mais aqui.
Para maiores questionamentos ou se você quiser saber mais fontes confiáveis para ler sobre o assunto, envie um email para felizmentegorda@gmail.com, acesse o formulário de contato ou me contate pelas redes sociais.

Gordoativismo é movimento político contra uma estrutura excludente!